DOURO VERDE
O Douro Verde corresponde a uma sub-região localizada na Região Norte de Portugal, abrangendo os concelhos de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel e Resende, ocupando uma zona geográfica privilegiada, situada entre o Douro Metropolitano do Porto e o Douro Vinhateiro. Uma proporção muito significativa da sua área geográfica é de baixa densidade, possuindo vastas extensões de cariz marcadamente rural, pontuadas por vários centros urbanos de reduzida dimensão correspondentes às sedes de concelho. Os referidos municípios encontram-se dispersos por uma área total ininterrupta de 1 252,63 km2.
Apesar do seu carácter de base rural, esta sub-região não se encontra distante de polos urbanos bastante expressivos, nomeadamente da Área Metropolitana do Porto, assim como dos Municípios de Braga, Vila Real e Viseu, possuindo excelentes acessos a estes centros de grande dinamismo e relevância social e económica, uma vez que a zona Norte do Douro Verde é atravessada pela autoestrada A4, encontrando-se a A24 igualmente a uma curta distância deste território. A proximidade do aeroporto Francisco Sá Carneiro e do Porto de Leixões oferece um complemento muito importante à movimentação de bens e pessoas, fator determinante para um território imbuído de força e energia vital a todos os níveis.


O rio Douro percorre a fração Sul do território do Douro Verde, acompanhado dos característicos vales presentes nos concelhos de Cinfães e Resende. O rio Tâmega, afluente do rio Douro, direcionado para Nordeste, e o rio Paiva, também afluente do rio Douro, a ladear parte do limite Sul do concelho de Cinfães, conferem uma rede hidrográfica interessante ao território, dado não existir qualquer ponto que se situe a uma distância considerável de um curso de água.
A sua topografia é determinada a Este, predominantemente, pela Serra do Marão e pela Serra da Aboboreira, abrangendo os concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses. Por outro lado, a Serra de Montemuro compreende parte dos concelhos de Cinfães e Resende, assim como outros municípios limítrofes ao Douro Verde. Os rios e as cotas consideráveis atingidas nos picos das montanhas são aproveitados para gerar energia hídrica e eólica, através de barragens e parques eólicos dispersos pelo território.
De acordo com os Censos realizados em 2011, o território do Douro Verde possuía 234292 habitantes, traduzindo-se numa densidade populacional média de aproximadamente 187 pessoas/km2.
A atividade económica desenvolvida no Douro Verde floresce, sobretudo, nos setores agroalimentar, florestal, turístico e ambiental, sendo este facto, mais uma vez, uma consequência clara da base rural que caracteriza este território. O seu património natural e endógeno evidenciado pelas paisagens deslumbrantes, pela gastronomia e produtos locais e tradicionais, e pela cultura e costumes centenários, conferem oportunidades excelentes para os empreendedores locais desenvolverem os seus negócios.
O território possui condições propícias ao desenvolvimento de várias atividades de cariz agroalimentar e agroindustrial, nomeadamente dos subsetores da vitivinicultura e da fruticultura, que merecem um especial destaque. Com parte do território pertencente à Região dos Vinhos Verdes e a área remanescente situando-se na Região do Douro, os vinhos produzidos no Douro Verde possuem uma elevada notoriedade, tendo conhecido nos últimos anos uma verdadeira impulsão no mercado, conquistando cada vez mais adeptos, mesmo em regiões mais distantes. A cereja de Resende detém, igualmente, uma excelente conotação a nível nacional, sendo reconhecida pelas suas qualidades organoléticas e pela precocidade com que surge no mercado. Ademais, tal como exposto previamente, todo o território possui condições excelentes para o desenvolvimento de atividades que se inserem no setor agroalimentar e agroindustrial, não só associadas à agricultura como também à pecuária. Deste modo, encontram-se estabelecidos no Douro Verde vários empresários conceituados dedicados à produção de pequenos ruminantes, assim como à produção de fumeiro, sendo esta particularmente expressiva no território de Baião.
Neste sentido, tem surgido, gradualmente, um maior número de empresas de micro, pequena e média dimensão posicionadas nestes subsetores que procuram aproveitar todo o potencial e riqueza natural presentes no Douro Verde. Tal fenómeno é evidenciado, entre outros indicadores, através do aumento de 52,51% do número de empresas do setor primário em todo este território entre 2004 e 2012.


COVA DA BEIRA
A Cova da Beira é uma vasta e fértil região, no coração da Beira Interior, e que se estende pela depressão formada entre as serras da Estrela, a oeste e a norte, da Gardunha a sul, e da Malcata a leste, apresenta-se como a área de menor altitude de toda esta vasta região, alternando territórios montanhosos, com amplos setores aplanados.
Integra os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão, possuindo uma área total de 1375 Km2 e uma população residente de 79.680 habitantes, de acordo com os Censos 2011, daí resultando uma densidade populacional média 57,95 hab/km2.
Este território apresenta alguns recursos hídricos relevantes, com destaque para o Rio Zêzere que o atravessa e as Ribeiras da Carpinteira e da Degoldra no concelho da Covilhã. Também no concelho do Fundão se apresenta uma densa rede hidrográfica, integrada na bacia hidrográfica do Rio Tejo, cuja principal linha de água se situa na Serra da Gardunha.


Como recursos naturais e paisagísticos destacam-se a Serra da Estrela e a Serra da Gardunha, os inúmeros miradouros naturais, donde é possível observar a Serra da Estrela, o Fundão, a Covilhã e a parte norte de Belmonte, e as planícies a sul, da zona de Castelo Branco, de Penamacor e de Idanha-a-Nova. Entre os maciços das serras da Estrela, Gardunha e Malcata, atravessada pelo rio Zêzere e ribeiras afluentes, com altitudes entre os 400 e os 500 metros, a região caracteriza-se por uma forte aptidão agrícola.
Todos os Municípios da região são considerados de Baixa Densidade, ainda assim, há municípios mais marcadamente rurais do que outros, destacando-se a Covilhã e o Fundão como concelhos onde a vertente industrial tem um peso com significado na sua estrutura socioeconómica.
Apesar do forte investimento no setor agroalimentar, a agricultura tem vindo a perder peso nas últimas décadas, ainda que o território continue a destacar-se a nível agrícola, sendo um importante produtor de vinho, azeite e queijo, mas fundamentalmente fruta, onde se destaca a Cereja do Fundão e o Pêssego da Cova da Beira, sendo esta região responsável por 40% da produção nacional deste último.
Ao nível económico, o volume de negócios da Cova da Beira está assente no sector terciário (56%), seguido da indústria e outras actividades secundárias (40%) e por fim a agricultura com um peso de apenas 4%. Regionalmente, o volume de negócio da Cova da Beira é de 1,9% da Região Centro.
Por esta via, a Cova da Beira tem um saldo fortemente positivo entre o que importa e o que exporta (destacando-se a Covilhã e a sua indústria), contribuindo ativamente para o aumento de exportações nacionais.,
No que se refere à população empregada por sector de actividade, o sector mais representativo na Cova da Beira é o terciário, com 67%, seguido do secundário com 29% e apenas 4% no sector primário. Este cenário reflete um progressivo crescimento dos serviços, uma especialização no setor das novas tecnologias, com a instalação de diversas empresas de base tecnológica no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã e no Living Lab do Fundão, muitas delas associadas ao incremento de recursos humanos qualificados oriundos da Universidade da Beira Interior, uma instituição que agrega já mais de 7.000 alunos e que possui um reconhecimento científico em diversas áreas como a informática e as restantes engenharias, não esquecendo as ciências da saúde, onde se destaca o Hospital Universitário da Cova da Beira.
Dada a riqueza natural e patrimonial do território, aliada à reconhecida excelência dos produtos locais, gastronomia e artesanato, o turismo é uma atividade em franco crescimento. A excelente oferta de alojamento – designadamente em espaço rural –, assim como de atividades de lazer e culturais, têm vindo a atrair cada vez mais turistas e visitantes.

